Há vida (muita vida) além do casal

Sentimo-nos miseráveis ​​e infelizes quando não temos um parceiro. Como se absolutamente tudo tivesse que girar em torno desse tipo de amor. E não. Temos muitas outras coisas boas na vida.

Mitologizamos o amor romântico.

Aquele que chamamos de casal.

Nós o colocamos no centro.

Como se absolutamente tudo tivesse que girar em torno desse tipo de amor.

Nós o buscamos e ansiamos por ele.

Usamos pessoas assim enquanto as encontramos.

Fazendo deles simples táxis que nos levam ao "amor verdadeiro".

Para nos acompanhar nas discotecas ou à noite.

Usamos pessoas para não nos sentirmos sozinhos.

E então, quando estamos em um casal, se eu vi você, não me lembro.

Idealizamos o amor romântico.

Sentimo-nos miseráveis ​​e miseráveis se não estiver em nossas vidas.

Ficamos terrivelmente frustrados .

Apesar de ter muitas coisas.

Para ter uma família.

Amizades.

Pulmões para respirar.

Um livro que nos faz rir.

A possibilidade de observar uma árvore.

Esse filme que nos entusiasma.

Os croquetes.

O prazer causado por nos tocar.

Uma viagem a um lugar onde nunca pusemos os pés.

E tudo isso é o suficiente.

Na verdade, é muito mais do que os mortos têm .

Mas nos fazem acreditar que não basta.

Fazem-nos acreditar que tudo o que vem com o ser é um simples consolo na impossibilidade de ter aquele amor romântico pelas histórias.

E assim tratamos outros amores com desdém.

Ignoramos tudo o que é sim para nos concentrarmos apenas no que não é.

Vamos parar de dar essa importância excessiva ao fato de ter um companheiro.

Vamos parar de reclamar que ninguém nos ama.

Porque é ofensivo dizer que ninguém nos ama quando há pessoas próximas a nós e é claro que nos amamos.

Mas não "desse jeito", você diz.

Vamos começar a valorizar e também cuidar das outras formas.

Porque sem eles.

Não somos nada.

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