Tocar em revistas e jornais não espalha o coronavírus

Claudina navarro

O papel é um dos materiais com menor risco de contrair o coronavírus COVID-19. Tanto que nenhum caso de contágio é conhecido por meio de jornais e revistas.

As pesquisas mais recentes indicam que a maior probabilidade de contágio com o coronavírus é por meio da inalação de aerossóis respiratórios. O risco de infecção pelo contato com objetos é menor e "infinitamente insignificante", segundo a Organização Mundial da Saúde, no caso de superfícies porosas como papelão e papel. Portanto, é seguro ler livros, revistas e jornais.

Não há nenhum caso conhecido de contágio por meio de papel

As principais organizações mundiais de saúde, como a OMS, declararam que tanto a possibilidade de um doente contaminar um papel ou papelão quanto a possibilidade de contrair a doença por meio de papel e papelão são muito baixas. Na verdade, a literatura científica não registra nenhum caso de infecção por meio de papel.

A International Information Media Association (INMA) lembrou que “ nunca houve um incidente cientificamente documentado em que o covid-19 tenha sido transmitido por jornal, revista, carta impressa ou pacote impresso, segundo os principais médicos e cientistas do mundo".

As referências científicas que apóiam esta afirmação são os Institutos Nacionais de Saúde e o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e a Universidade de Princeton, que estudou a estabilidade do coronavírus em diferentes superfícies.

O vírus é rapidamente inativado em material poroso

Ao comparar a viabilidade do vírus em plástico, aço inoxidável e papelão, verificou-se que ele foi mais ativo no plástico (até 72 horas em condições de laboratório). Em vez disso, o vírus perde capacidade infecciosa ao entrar em contato com materiais porosos, como plástico e papel.

Nesse sentido, o virologista George Lomonossoff, do John Innes Center, no Reino Unido, afirma que “as publicações impressas são bastante estéreis pela forma como são impressas e pelo processo por que passaram. As possibilidades de serem infectadas com eles são infinitesimais. "

Da mesma forma, pesquisas científicas realizadas pelas Universidades de Bochum e Greifswald, na Alemanha, levaram ao mesmo resultado: o papel, por ser poroso, é uma das superfícies mais resistentes e sua exposição à contaminação é praticamente "desprezível".

Você pode ler jornais e revistas em qualquer lugar

Além das condições de fabricação, impressão e distribuição do papel que minimizam o número de partículas necessárias para infectar alguém, o papel não é um bom lugar para o vírus sobreviver. Consequentemente, temos mais probabilidade de ser infectados ao tocar em um vidro, uma cadeira ou uma mesa do que ao ler uma revista em casa, no cabeleireiro ou na biblioteca.

O Colégio de Jornalistas da Catalunha lembra que o processo de impressão de jornais e revistas é feito praticamente sem manipulação humana e sob rigorosas medidas de controle.

Atendendo a toda a literatura científica existente, as autoridades sanitárias da Catalunha comunicaram que "é possível continuar a colocar à disposição do público material de imprensa e revistas em estabelecimentos de restauração e outros tipos de estabelecimentos e instalações", desde que os utilizadores adoptem os medidas de prevenção oportunas. Qualquer risco de contágio por contato é praticamente eliminado se mantivermos o hábito de lavar as mãos com sabonete ou gel desinfetante ao entrar e sair de casa ou dependências.

No mesmo sentido, o Governo da Espanha incluiu a produção, distribuição e venda de jornais e revistas nos serviços essenciais, mesmo em estado de alarme. Ler a imprensa, seja jornal ou revista, não só não é um risco, mas também um direito e uma necessidade de se manter bem informado, o que sem dúvida contribui para reduzir riscos e deter a pandemia.

Referências científicas:

  • Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas. Novo Coronavirus estável por horas nas superfícies.
  • Emmie de Wit et al. Estabilidade de aerossol e superfície de SARS-CoV-2 em comparação com SARS-CoV-1. O novo jornal inglês de medicina.
  • G. Kampf et al. Persistência de coronavírus em superfícies inanimadas e sua inativação com agentes biocidas. The Journal of Hospital Infection.

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