Universidade britânica proíbe carne
Claudina navarro
A carne não pode mais ser vendida nos cafés da London Goldsmith University. É uma medida de combate às alterações climáticas.
Estudantes e professores da Goldsmith University não poderão consumir carne bovina neste curso. E também a água engarrafada aumentará seu preço em 11 centavos, que também será o preço dos copos plásticos. São duas medidas de combate às causas das mudanças climáticas e da poluição que se tornam um exemplo para a sociedade além das portas da universidade.
Energia limpa para a universidade
As medições são obra da nova diretora, Frances Corner, professora e historiadora especializada em moda. E ainda mais. Corner quer que as instalações da universidade recebam cem por cento de energia limpa e que todos os alunos possam incluir em seus estudos matérias relacionadas à crise climática. A meta é que a universidade seja neutra em carbono até 2025.
São decisões que professores e alunos estão exigindo urgentemente, de acordo com Corner.
A medida mais eficaz que pode ser tomada contra as mudanças climáticas
A proibição da carne é justificada por vários estudos científicos sobre o impacto da criação de carne e laticínios. Esses estudos indicam que evitar esses alimentos de origem animal é a medida mais eficaz que podemos tomar para reduzir nosso impacto ambiental. Em particular, o impacto da carne bovina é muito maior do que o da carne de porco ou frango.
Corner tomou ainda mais decisões. A universidade apóia um fundo de investimento e, a partir de 1º de dezembro, serão excluídas as empresas que obtiverem mais de 10% do lucro na extração de petróleo.
Um exemplo para outras instituições
O Greenpeace no Reino Unido declarou através de sua porta-voz Rosie Rogers, que "é encorajador ver que uma instituição como a Goldsmith University não está apenas declarando que há uma emergência climática, mas está disposta a agir". “Convocamos outras instituições a seguir o exemplo e cortar todas as conexões com o financiamento de combustíveis fósseis”, acrescentou Rogers.