Sim, a escravidão no século 21 ainda existe. Não poucos humanos são forçados a trabalhar incessantemente por praticamente nada. De acordo com a organização Slave Footprint, existem atualmente 27 milhões de escravos no mundo; dos quais incrivelmente 18 milhões são crianças.

E embora a maior parte do mundo rejeite a prática, todos somos culpados sem saber disso.

Muitas das grandes empresas cujos produtos são comercializados em todo o planeta utilizam mão de obra escrava.

Sei que alguns dirão que não é escravidão porque recebem um dólar por uma jornada de 12 horas, porque não os forçam, embora em muitos casos seja como nas minas africanas onde os mercenários forçam as crianças a extrair ouro e diamantes da lama, mas a dura realidade de que embora não seja igual à escravidão do passado, ainda é escravidão.

A seguir trago para vocês uma espécie de ranking com os mais comuns que quase todo mundo usa no dia a dia, pois se queremos ser consumidores conscientes, não devemos tolerar empresas com esse tipo de práticas em relação ao gênero humano.

1. MAÇÃ

Para a fabricação de seus famosos produtos, como iPhones e iPads; Este gigante do setor de tecnologia contrata os serviços de empresas chinesas.

Entre eles está a Foxconn, uma das maiores exportadoras do país asiático, famosa por abusar de seus funcionários. Com longas jornadas de trabalho, muitos funcionários trabalham sete dias por semana sem interrupções, também têm menores de idade e desrespeitam totalmente as normas de segurança no trabalho, o que chega a gerar mortes, e essas são apenas parte de abusos relatados em um artigo de 2012 do New York Times.

Nesse momento, a empresa afirma ter intensificado o processo de fiscalização e auditoria das fábricas que fazem parte de sua cadeia de abastecimento, mas até hoje o trabalho escravo não parece preocupá-la muito.

No ano passado, pouco antes do lançamento do iPhone 6, a Apple voltou a ser notícia, após uma reportagem do Huffington Post acusando a empresa de promover uma "conspiração salarial" para evitar pagar aos funcionários eles realmente merecem.

2. COCA-COLA

Também em 2012, a multinacional Coca-Cola esteve envolvida em casos de trabalho forçado, conforme relatado pelo The Independent e outros meios de comunicação.

A empresa importou laranjas para a fabricação de seu conhecido refrigerante Fanta, de uma fazenda em Rosarno, na Itália, se na Europa o primeiro mundo, onde os trabalhadores são imigrantes sem papéis vindos da África, prática mais que de costume em quase todos os campos da Europa , foram obrigados, sob ameaças de entregá-los às autoridades a trabalhar longas horas sem descanso durante a safra, a dormir superlotados e sem nem banheiro, quando a Coca-Cola foi vista na imprensa pelo assunto, rompeu contrato com o fornecedor, mas é bom saber quantos fornecedores desta empresa têm pessoas em situação semelhante à da fazenda italiana.

3. NIKE

Com ou sem razão, a Nike se tornou sinônimo de trabalho infantil no mundo, após a divulgação da foto de um menino paquistanês na revista Life em 1996, que aos 12 anos trabalhava costurando bolas de futebol em uma fábrica da multinacional.

Em resposta a isso, há anos a empresa diz que tem feito esforços para oferecer aos funcionários bons salários e condições de trabalho decentes.

Mas de acordo com a Team Sweat, uma ONG que até processou a empresa por suas práticas, isso é pura conversa fiada, hoje um trabalhador da Nike nas Filipinas ou na Indonésia ganha cerca de 100 euros por mês e eles me dirão como fazer isso. sobreviver com isso. Também há registros de abusos e más condições de segurança nessas fábricas.

4. HERSHEY'S

O chocolate da multinacional fica com gosto amargo quando conhecemos todo o trabalho escravo por trás dele. Muito do cacau usado pela Hershey vem da África Ocidental.

Inclusive a Costa do Marfim, onde se sabe de inúmeras denúncias do UNICEF e de outros grupos de direitos humanos, como o Fórum Internacional dos Direitos do Trabalho, o trabalho escravo infantil é uma ocorrência cotidiana.

Sabe-se que as crianças são comumente usadas nessas plantações e até sequestram e trazem crianças de países vizinhos para trabalhar nas plantações de cacau na Costa do Marfim, mas Hershey não fala sobre o assunto.

5. SEGREDO DE VICTORIA

Esta marca famosa e cara costumava ter o selo de "comércio justo" em seu rótulo. Até uma investigação da Bloomberg News que durou mais de seis semanas em 2011, foi mostrado que os fabricantes de algodão orgânico da Victoria's Secret não eram tão justos quanto alegavam.

A reportagem conta a história de Clarisse Kambire, uma garota de 13 anos que foi tirada da escola para trabalhar como escrava na produção de algodão na África Ocidental. Desde então, há quatro anos, a Victoria's Secret não fez nada para recuperar o selo de "comércio justo" em seus rótulos.

Mas isso não é nada, muitas empresas, incluindo a espanhola ZARA, são culpadas de usar trabalho escravo, como consumidores temos a responsabilidade de nos informar e agir de acordo com a compra de produtos de uma empresa ou outra.

Uma boa prática para minimizar o trabalho escravo é consumir produtos locais, de proximidade, geralmente livres dessas práticas tão comuns nos produtos de grandes empresas, vale a pena pagar um pouco mais e que haja menos crianças exploradas neste mundo onde dinheiro vale mais do que a vida das pessoas.

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