10 passos para acalmar a ansiedade e recuperar a serenidade

Alexandre Napolitano

Conhecer-nos melhor e reconhecer nossos verdadeiros desejos é a base para viver sem ansiedade. Para isso, devemos gerar uma mudança de atitude.

Para nos conhecermos e caminharmos para a serenidade, devemos mudar nossa atitude por uma que nasce de uma escuta atenta e respeitosa aos nossos sinais emocionais.

Os sintomas de ansiedade indicam a existência de sofrimento psicológico. É então que cabe lidarmos com essa dor, tomando-a como um sinal, como um aviso.

Se descermos a estrada e uma luz vermelha acender no painel do carro, certamente não iremos parar, nervosos e zangados, para retirar a chata lâmpada, mas para investigar as causas do alarme e remediá-lo.

Como eliminar a ansiedade e recuperar a calma

Ao buscarmos as raízes do problema, tratemo-nos como a um bom amigo, com aquele tipo de "grau zero" de amor que é respeito e cuidado.

Se quisermos superar a ansiedade, devemos começar por ouvi-la.

1. Decida começar a ouvir

Ouvir-nos não é ficar obcecado com o nosso desconforto, nem nos perseguir como se estivéssemos cometendo um crime, nem buscar soluções imediatas que dificilmente são reais.

Trata-se de gerar, a partir de dentro, uma mudança de atitude clara e evidente. Essa atitude inicial é o que poderíamos chamar de “virar o ouvido para dentro”, porque ao ouvir a nós mesmos nos colocaremos na pista de nossos processos internos.

Teremos, assim, dado um grande passo na direção do que o Dr. Norberto Levy chama de “passar da auto-rejeição ao autocuidado”, ou seja, deixar de rejeitar o que nos preocupa para enfrentá-lo com o mesmo cuidado que teríamos se era outra pessoa.

2. Seu corpo é seu aliado

O corpo é um grande aliado nesse processo de auto-escuta e descoberta.

Freqüentemente, mostramos tal embotamento em relação ao nosso corpo que só ouvimos nossas sensações quando nos falam em voz alta, por meio de dores ou sintomas extremos que imediatamente associamos ao perigo ou à presença de uma doença.

Porém, os sinais mais cotidianos nos oferecem muitas informações valiosas: uma tensão no pescoço e nos ombros pode estar falando de um excesso de peso e responsabilidade.

E uma sensação de cansaço e desânimo pode indicar que estamos engajados em algo que talvez, no fundo, não queremos; Uma contração exagerada da mandíbula geralmente está relacionada à raiva persistente, talvez de muito tempo atrás, que precisa ser tratada.

Esses, como muitos outros sinais corporais, geralmente são a maneira pela qual muitas situações de insatisfação prolongada são expressas, o que leva a sentimentos de profunda ansiedade.

Além disso, aprender técnicas de relaxamento, como ioga, ou autoconsciência, como a anti-ginástica, é de grande ajuda para reconhecer momentos de ansiedade e identificar suas possíveis causas.

Lembre-se de que existe uma clara proximidade entre tensão muscular e ansiedade, bem como entre relaxamento e serenidade. Começar por acalmar o corpo abre portas para acalmar as emoções.

3. Expanda seu alcance emocional

Devemos aprender a "ler" corretamente nas sensações que percebemos. Normalmente temos um espectro muito estreito e fixo de emoções reconhecidas como nossas, mas nos damos poucas oportunidades de explorar e trilhar novos caminhos.

São inúmeros os estados emocionais que escapam ao nosso repertório conhecido, muitos estados emocionais que são descartados por julgarmos que vêm de um mundo estranho e perturbador, e que com facilidade exagerada tingimos sempre das mesmas cores: ansiedade ou medo.

Tive de atender pacientes que, diante de uma situação nova e estimulante, de repente se angustiam com as sensações corporais que os assaltam, e não conseguem perceber que são os sinais físicos, nem mais nem menos, do que entusiasmo.

4. Adicione ação e emoção

Diante de um estado emocional que assumimos como ansiedade, podemos nos perguntar: "Se, neste momento, movido por essa emoção, eu fizesse o que realmente sinto que preciso, o que faria?"

Vamos usar a emoção para imaginar uma ação

Podem aparecer cenas ou fantasias inesperadas que nos fornecem muitas informações novas sobre nosso processo interno.

Por exemplo, se estou esperando há dias ou semanas para encontrar uma pessoa por quem estou obviamente atraído, talvez quando a encontro de forma inesperada, sinto que não sei o que dizer, que minha boca está seca e que não sei como me comportar.

Mas se eu me deixar levar pela emoção e fizer o que realmente sinto, talvez pudesse simplesmente dizer: "Que sorte eu te encontrei, eu realmente queria te ver."

5. Você é o protagonista

Também podemos tentar mudar o ponto de vista, por exemplo mudando a pergunta "O que está acontecendo comigo?" por "O que estou fazendo comigo mesmo?"

Trata-se de adotar uma atitude mais ativa em relação aos meus eventos internos, para não se comportar como um espectador passivo e indefeso.

É diferente dizer a si mesmo "Estou com um nó na garganta" do que "Estou apertando o pescoço". A segunda expressão não é dizer a mesma coisa por outras palavras, mas sim dizer mais do que a primeira, colocando-me como protagonista ativo da situação.

Se eu perceber que estou fazendo algo prejudicial a mim mesmo, talvez eu possa tentar resolver de uma forma menos prejudicial.

6. Expresse sua ansiedade

A ansiedade, como qualquer outra emoção, deve buscar o caminho para sua expressão autêntica por meio de palavras, ações, interação e encontros com outras pessoas.

Devemos sempre procurar maneiras de expressar ansiedade: você pode falar sobre isso com um familiar ou amigo de confiança, pode descrever seus sentimentos no papel, pode dialogar com ela tentando entender o que você está dizendo a si mesmo.

Mas às vezes a ansiedade nos oprime de tal maneira que uma resposta criativa imediata não é possível, e então é conveniente descarregá-la. Nunca deve ser afogado dentro de nós, porque isso é muito prejudicial.

Tente desabafar através de coisas saudáveis ​​como chorar, gritar ou praticar atividades físicas.

7. Encontre tempo para você

Se precisarmos avaliar nossas possibilidades e recursos para enfrentar as demandas do nosso dia a dia, como trabalho, vida familiar, crescimento como casal, realização profissional ou o aprimoramento de nossas relações de amizade, primeiro precisaremos de tempo para pensar, e que não pode ser feito quando saltamos de uma obrigação a outra ou quando adiamos, indefinidamente, um encontro decisivo com nós mesmos.

Vamos nos dar um lugar em nossa própria agenda

Vamos resgatar horários dentro de nossas atividades que nos permitem ter tempo livre.

8. Urgente ou importante?

A ansiedade geralmente nos assalta quando somos oprimidos por necessidades que exigem nossa atenção imediata. Devemos aprender a distinguir o urgente do importante. É uma distinção que perdemos de vista quando estamos imersos na lama da vida cotidiana.

9. Não seja tão exigente

Quando nos perdemos nos mares da demanda excessiva, tendemos a nos colocar à frente de tarefas inatingíveis. Dias de trinta horas ou mãos com nove dedos não são vendidos no mercado.

É comum ouvirmos pessoas que reclamam de sua deficiência, diante de exigências que, na realidade, seriam impossíveis de serem atendidas por qualquer pessoa. As demandas inatingíveis estão antecipadamente condenadas a levar à paralisia e ao bloqueio mental.

10. Somos todos humanos

Vamos aprender a construir uma vida com dimensões humanas. Tendemos a assimilar a noção de limite à de restrição. Mas limite também significa contenção e consciência da contenção. A superação das limitações envolve um processo cuidadoso, uma das maiores conquistas é reconhecer o novo limite.

Limites sempre existem, mas podemos expandi-los. É disso que se trata o crescimento. Negá-los leva inevitavelmente à ansiedade.

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