Temos que desaprender o que aprendemos
Ninguém nos ensina a ser críticos ou a nos rebelar contra o sistema. Mas algumas pessoas podem nos ensinar a nos reconstruir, a escapar daquela bruxa na casa hipotecada de chocolate.
Ninguém nos ensina a questionar as coisas.
Porque eles nos querem submissos e submissos.
Eles querem que aceitemos o injusto como parte da vida.
Quando fazemos o que é injusto com nossas ações.
Ninguém nos ensina a dizer não.
Para se rebelar contra o sistema.
Para colocar nosso conforto em risco .
Nossos status sociais.
Ninguém nos ensina o valor do comum.
Para ser solidário ou empático.
Não seguir o aprisco como ovelhas programadas.
Para nos libertarmos dessa escravidão que se supõe ser o que os outros querem ou esperam.
Ninguém nos ensina a sermos nós mesmos, apesar dos outros.
Para desobedecer quando a obedecer seria ir contra a própria existência.
Para precisar de muito pouco.
Para valorizar muito o que temos.
Tratar e cuidar de tudo como se fôssemos parte daquele todo.
Ninguém nos ensina a produzir de outras maneiras.
Para repensar o consumo de animais ou o uso do plástico.
Para enfrentar o sexo ou a morte.
Ninguém nos ensina nada disso, a não ser outras coisas que mais tarde não nos servem, nem nos prejudicam, nem prejudicam os outros ou simplesmente nos impedem de continuar a crescer.
E então temos que desaprender o que aprendemos.
Temos que escapar daquela jaula e daquela bruxa na casa hipotecada de chocolate e voltar para casa para nos reconstruirmos.
Temos que procurar as migalhas de pão que outras pessoas nos deixaram em seus pensamentos.
Porque ninguém nos ensina isso, mas ainda temos o povo.
As diversas pessoas que você encontra em uma viagem, as pessoas que escrevem e compartilham o que sabem, as pessoas que falam e mudam o mundo e fazem você entender.
Onde quer que eles nos queiram ignorantes, as pessoas estão lá para nos ajudar.
Todas essas pessoas para aprender.
Que tal viver.
Não há nada escrito.