10 alimentos ancestrais que valem a pena recuperar

Montse Cano

São alimentos que foram negligenciados pela indústria, mas são muito interessantes do ponto de vista nutricional. E também pelo sabor e textura.

A globalização e a industrialização da produção têm colocado de lado alimentos muito valiosos em favor de outros cuja exploração era mais lucrativa.

O interesse pela nutrição natural e pelo enriquecimento da dieta com alimentos ricos em nutrientes e bem tolerados pelo organismo tem levado à recuperação de alguns desses alimentos.

Alguns cereais antigos, como a quinua e a espelta, estão em plena expansão e gozam de uma merecida reputação de alimentos supernutritivos. Outros ainda são desconhecidos para a maioria, mas têm muito a oferecer.

Alimentos antigos e saudáveis ​​que retornam

Espelta: um trigo mais digestivo

Triticum dicoccoides cresceu selvagem 12.000 anos atrás no Oriente Médio. Dele vem a grafia ou grafia maior (Triticum spelta, 6.000 aC). É rico em fibras, minerais e vitaminas B1 e B2 e é cultivado quase sem pesticidas.

Algumas pessoas com alergia ou sensibilidade ao glúten o toleram melhor do que o trigo comum, mas não pode ser consumido por doença celíaca diagnosticada.

“Não importa como se come, no pão ou com outros alimentos, porque é bom e fácil de digerir”, assim falou a freira e médica alemã do século XII Hildegard Von Bingen deste maravilhoso cereal.

Kamut: o trigo dos faraós

O Triticum turgidum, ssp. Turanicum é um dos cereais mais antigos. Possui 20-40% mais proteína do que o trigo comum e uma proporção maior de lipídios, aminoácidos,
vitaminas e minerais.

Fonio: o africano mais velho

Da família do milheto, é provavelmente o cereal mais antigo da África. O povo Dogon (Mali) cultiva duas variedades: Digitaria exilis e Digitaria iburua. É muito energético e digestivo, não dispara
a glicose no sangue e não contém glúten.

Outros cereais antigos são o sorgo e o teff.

Quinoa: proteína em abundância

Quinoa é um pseudocereal original dos Andes. Os povos indígenas já o cultivavam há 5.000 anos quando os europeus chegaram. Além de proteínas completas em alta proporção, possui compostos antioxidantes e antiinflamatórios.

Diz uma lenda do aimará que um ser das estrelas deu quinua a um humilde camponês para alimentar o seu povo, que vivia em terras áridas onde era difícil prosperar qualquer plantação.

Chia: eles oferecem a você seus ômega-3

Era um alimento básico para astecas e maias. São muito energéticos e fornecem proteínas completas, muita fibra, fósforo, cálcio e manganês, além de ômega-3, tão raros no mundo das plantas.

Você pode incorporar chia em compotas e pudins de frutas e em legumes cozidos e cereais.

Nerone: o arroz mais antioxidante

Reverenciado na China antiga, acreditava-se que garantia uma vida longa e saudável. Hoje sabe-se que é abundante em antocianinas, de grande poder antioxidante.

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Canela: açúcar sob controle

Os benefícios da canela já foram documentados na China em 2.700 aC e chegaram ao Egito por volta de 2.000 aC. A Roma Antiga o valorizava mais que o ouro e o usava como medicamento.

Nos últimos anos , redescobrimos suas propriedades medicinais, com a ajuda da ciência. É antimicrobiano e antiinflamatório e ajuda a manter os níveis de açúcar sob controle.

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Cevada: colesterol sob controle

Outro alimento essencial para a Roma clássica, especialmente para as tropas. A cevada é rica em fibras e beta-glucanas, que regulam o colesterol, e lignanas, que têm efeito anticâncer.

A apresentação mais fácil de cozinhar é a cevada pérola, que é o grão com casca, mas dificilmente perde sua fibra e preserva boa parte de seus nutrientes.

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Açaí: superalimento da Amazônia

Essa baga da Amazônia, tradicionalmente utilizada para fins medicinais, é rica em fibras e vitaminas A e C, além de antocianinas. Ele também fornece ácido oleico saudável para o coração.

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Cúrcuma: a especiaria medicinal

A cúrcuma é uma especiaria usada durante séculos na medicina indiana. Possui curcumina, cujo poderoso efeito antiinflamatório foi comparado ao de medicamentos como o ibuprofeno e a hidrocortisona. Tornou-se uma especiaria amplamente utilizada em alimentos naturais.

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