Homeopatas pedem "respeito, liberdade e rigor"

Ana montes

A homeopatia está longe de ser uma "pseudo terapia", já que na Espanha é praticada por 4.000 médicos licenciados. A Assembleia Nacional da Homeopatia pede que esta terapia seja discutida com rigor e que os direitos dos profissionais sejam respeitados.

A homeopatia interessa aos espanhóis. Todos os meses fazem 50.000 buscas no Google com essa palavra, mas nem sempre vão a fontes com informações confiáveis. Por exemplo, eles podem ser encontrados com artigos em que se afirma que não tem base científica. A realidade é que artigos sobre homeopatia são continuamente publicados em periódicos científicos e que a Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselha sua integração à saúde pública.

Para combater a desinformação, a Assembleia Nacional da Homeopatia apresentou o site www.homeopatiasuma.com, que oferece uma grande base de investigação e trabalho científico para que ninguém fale de homeopatia sem o saber.

A campanha contra a homeopatia ataca a liberdade de médicos e pacientes

O presidente da ANH, Dr. Alberto Sacristán, lembra que pelo menos oito milhões de espanhóis adultos (a maioria mulheres de meia-idade e com estudos acima da média) utilizam terapias complementares como homeopatia e acupuntura, ocasional ou regularmente, segundo o última pesquisa de Percepção Social da Ciência. “Aqueles que optam por isso não são tolos”, mas “dão aos pacientes a capacidade de decidir qual terapia desejam”, explica ele.

Esta procura cidadã é satisfeita pelos mais de 10.000 médicos que recorrem aos medicamentos homeopáticos, quer como tratamento principal, complementar ou secundário. Sacristán reclama que seu profissionalismo está sendo questionado por quem associa a homeopatia, a acupuntura ou a medicina naturopática a "pseudo-terapias" sem evidências.

O governo deve regulamentar os medicamentos e ao mesmo tempo persegui-los

O presidente da ANH acusa o Ministério da Saúde de participar nesta perseguição injusta e, assim, criar uma situação caótica, uma vez que o governo é obrigado a regulamentar os medicamentos homeopáticos que como tal são considerados pelas legislações espanholas e europeias.

Se houver medicamentos homeopáticos legais, os médicos devem, logicamente, ser livres para prescrevê-los, argumenta o Dr. Gonzalo Fernández Quiroga, porta-voz da ANH. “Prescrevemos medicamentos lícitos financiados até em alguns sistemas de saúde de outros países”, defende.

Interesses econômicos

Uma pergunta que os cidadãos e profissionais da homeopatia se colocam é quem está por trás das campanhas contra a homeopatia e outras terapias complementares. Os representantes da ANH apontam para as farmacêuticas e para elas que também negam os efeitos dos campos eletromagnéticos das antenas telefônicas ou defendem sem ambigüidade os transgênicos.

O Dr. Gualberto Díaz, assessor científico da ANH, esclareceu que a internet existe sobre a homeopatia por excesso e por omissão. Não é verdade, por exemplo, que não se usem medicamentos verdadeiros, que se tratem apenas de água com açúcar ou que sirvam apenas para problemas triviais como a tosse. E não que os medicamentos homeopáticos substituam as vacinas ou possam curar tudo. Na verdade, a homeopatia pode ajudar a fazer com que uma vacina ou medicamento convencional pareça melhor.

Díaz listou várias áreas nas quais a homeopatia é especialmente útil: doenças pediátricas, ginecológicas e dermatológicas, ou doenças emergentes de sensibilização central, como Sensibilidade Química Múltipla (MCS), fadiga crônica, fibromialgia e eletrossensibilidade. Esses pacientes não toleram bem as toxinas ambientais e muitas vezes recorrem a terapias leves para melhorar sua qualidade de vida.

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