A grande mentira de quanto você tem, você vale tanto

Para você servir a este sistema que o aperta até que você não tenha mais energia para você. Porque eles querem que você seja lucrativo. Mas esse trânsito pelo mundo não tem nada a ver com ser lucrativo. Tem a ver com estar bem e ser justo.

A voz de Roy Galán é um podcast do escritor Roy Galán para a revista Mentesana. Ouça e compartilhe.

Você é algo mais do que o que você faz.
Você é um compêndio de desejos, dúvidas, alegrias e merdas.
Não apenas o que você é capaz de produzir.
Mas eles nos enganaram.

Eles nos ensinaram o quanto você faz, o quanto você vale.
E se você não for capaz de produzir um objeto específico que outras pessoas sejam capazes de reconhecer.
Então você não é capaz de nada.
Você é nada.

Mas não é verdade.
Você é e você é.
Mesmo que você não produza da maneira que lhe foi dito para produzir.
Mesmo que te façam sentir perdido por não conseguir materializar um produto.
Embora você seja desafiado uma e outra vez a passar pelo arco.

Para você servir a este sistema que o aperta até que você não tenha mais energia para você.
E tudo que você quer é ir embora.
Porque se você pensar um pouco no quanto você odeia produzir assim.
Você iria deixá-lo.

E eles não querem que você desista.
Porque eles querem que você seja lucrativo.
Você não precisa ser lucrativo.

Esse trânsito pelo mundo nada tem a ver com ser lucrativo.
Tem a ver com estar bem e ser justo.
Com tempo para trabalhar a empatia.
Com espaço para cuidar do que é importante para você.

Isso não tem nada a ver com acumular coisas.
Com a hipoteca de seus dias para se cercar de milhares de coisas que você não precisa.
Que tentam acalmar aquele vazio que sente quando todos dormem.
Mas eles não conseguem.
Estamos tão sozinhos, mesmo se tivermos uma televisão maior.

Eles nos dizem para progredir.
Do que ter sucesso.
É poder mostrar aos outros o que você é capaz de comprar.
Quanto você pode pagar para obter algo.
Que a propriedade parece boa para você.
Ser capaz de exercer poder sobre os demais.

Esse é o grande golpe vital.
Faça-nos acreditar que o poder está fora e não dentro.
Nos levando a um lugar onde o outro nos define e nos limita.
Isso nos impede de ser livres.

Você tem que desaprender muito para não deixar o rio nos levar.
Para não fazer tudo e para que os outros nos amem.
Não acreditar na mentira de que se não acreditarmos não seremos.
Estamos.
E é hora de acordar desse feitiço.
O que alguns chamam de realidade.

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