Quando sairmos dessa …
Quando sairmos de todo esse fechamento. Quando recebermos algo do que eles chamam de liberdade. Quando os confins são novamente o que queremos viajar Não vamos esquecer o efêmero e o frágil.
A voz de Roy Galán é um podcast do escritor Roy Galán para a revista Mentesana. Ouça e compartilhe.
Baylee Gramling / UnsplashNada é para sempre.
Não é amor.
Não sua avó.
Não a esquina da rua onde você brincava quando criança.
Nada é para sempre.
Absolutamente tudo acabou.
O verão acabou.
As laranjas estão acabando na árvore.
O desejo se esgota.
Nada é para sempre.
Às vezes, algo muda tudo.
Tudo que você achou que estava seguro.
Imutável e verdadeiro.
Ele desaparece.
Nada é para sempre.
Embora tenhamos nos acostumado a abraços.
Para ver a mesma paisagem repetidamente.
Porque se fizermos uma coisa, terá o mesmo resultado continuamente.
Mas nada é para sempre.
Às vezes, a casa em que você cresceu é demolida.
E sua avó foi levada por um vírus.
Às vezes, o tremor.
Aquele que bagunça suas coisas.
Isso os esconde.
Ele os move.
E você não é mais o mesmo.
Às vezes, a existência pára.
Está deformado.
Ele se torna irreconhecível diante de seus olhos.
E você não sabe se o que está vendo é realidade.
Mas isso é.
Embora pareça um sonho ruim.
Nada é para sempre.
Portanto, você deve respeitar o tempo pelo que ele simplesmente é.
Uma oportunidade de ouro.
Cintilante e brilhante.
Ele agora continua a nos dar uma escolha e uma possibilidade.
Para continuar aqui.
Nós nunca vamos voltar.
Nada será.
Então, quando sairmos de todo esse fechamento.
Quando voltarmos algo do que eles chamam de liberdade.
Quando os confins são novamente o que queremos viajar.
Não vamos esquecer o efêmero e o frágil.
Não vamos esquecer essa maravilha de estarmos juntos no mundo.
Porque só assim.
Basta lembrar que nada é para sempre.
Que a única coisa que sabemos com certeza é que tudo terá um fim.
Podemos realmente valorizar cada coisa em sua medida adequada.
Cada gesto, cada escolha, cada beijo.
Cada toque, cada adeus.
Cada palavra falada.
Escolhendo com cuidado e respeito.
Como se fosse a última.
Porque pode ser.
E nós sem saber.
Quando podemos voltar ao planeta.
Vamos pensar se vale a pena odiar os outros.
Se quisermos usar nosso espaço para machucar e machucar.
Ou pelo contrário.
Vamos decidir amar.
Nós decidiremos o bem.
Vamos decidir a gentileza.
Até o fim do nosso tempo.